Por que hoje em dia em um mundo onde as pessoas se conhecem antes de casar há tanta separação? As pessoas realmente se conhecem antes de casar? A “Sociedade do Ficar” é culpada? Qual a diferença do “Ficar” para o “Namorinho de Portão”? Há um medo da palavra namoro?
Os maiores problemas de quem casa hoje:
- A falta de intimidade
- A cara do parceiro quando acorda
- A falta de confiança
- A falta da conversa
- Você realmente sabe com quem se casou?
- Por que você se casou?
- O problema em tentar mudar o parceiro
- Por que você insiste em continuar?
- Vale a pena continuar junto do parceiro pelas crianças e pela sociedade?
O CASAMENTO
Casar é conjugar e reside aí o fato de o casal encerrar, ao mesmo tempo, duas individualidades. Na prática, isso equivale a anular (se a palavra é pesada podemos usar relevar, conceder, transformar, etc) dois sujeitos, dois desejos, duas visões de mundo, duas histórias, dois projetos de vida e duas identidades individuais numa única identidade conjugal, em um mesmo desejo conjunto, em uma história de vida conjugada, um projeto de vida de casal, um só objetivo. No Brasil, até a certidão de nascimento, prova cabal de que minha pessoa existe, é substituída pela certidão de casamento.
Porque Casar?
Infelizmente e, curiosamente, perguntando para as pessoas porque elas estão se casando a resposta nem sempre (ou quase nunca) será porque nós nos amamos. Na maioria das vezes os motivos são outros: para não ficar sozinho(a), porque todos de minha idade se casam, porque faz tempo que namoramos e agora é complicado não casarmos... e assim por diante.
Portanto, por questão de definição, arriscamos a dizer que os seres humanos também não trocam de casais com propósitos luxuriantes; trocam de parceiros. Isso quer dizer que, por questão de definição, enfatizo, quando se diz troca de casais entre humanos, deixou de existir o casal, dando lugar aos parceiros.
Minha idéia pessoal de casamento representa algo mais simples, distante da complexa idéia de se dividir bens, um quarto , uma cama. Casar hoje se tornou um negócio de alta lucratividade. Nos EUA , se paga até razoável para casar, mas para separar as cifras são milionárias. Por isso, na minha humilde opinião viver com alguém hoje divividindo o mesmo espaço pode ser um mal negócio. Quando digo as minhas amigas que admiro a cultura Indiana onde a mulher casa sem gostar do homem e vice-versa, ouço muitas críticas, porém se analizarmos bem no Brasil a mulher assim como o homem já conhece bem seu parceiro antes de casar e mesmo assim não conseguem ter uma relação duradorura.
A idéia de ser feliz, de construir uma família perfeita fica muitas vezes somente em um desejo, em um sonho de adolescente, as pessoas , os casais não se suportam ou não aguentam a pressão gerada por seus problemas. A mulher não é mais uma "amélia" , se tornou independente e o seu parceiro ou marido às vezes não vê isso com bons olhos. Então começam as disavenças, as brigas e tudo mais que se vê.
O homem em seu universo machista vê a mulher como um objeto sexual e só. Claro a regra não se aplica à todos, mas a maioria só enxerga o óbvio. O universo feminino vai além de um ato sexual, a essência feminina busca um homem maduro, inteligente e sensível. É até hipocrisia falar que a mulher nasceu para ser a imagem e semelhança do homem, mas quando uma relação não vai bem ou um casamento acaba, a culpa sempre vai para o lado mais "fraco". a corda arrebenta para o lado do "sexo frágil". Mas será que ainda vivemos essa dicotomia desse tal sexo frágil. A instituição casamento não se ergue diante de comparações de quem seja forte ou fraco. Seja você homem ou mulher o que importa realmente não são alianças,cobranças e sim uma melhor compreensão do espaço que ambos ocupam, seja dentro de uma mesma residência ou não. Amar, namorar, ficar apaixonar-se, beijar, abraçar são sentimentos , elos que podem ser construídos sem necessariamente assinarmos um papel ou fazer juras de amor eterno que dificilmente poderemos cumprir.
"O sucesso é construído sobre conquistas materiais, mas a felicidade é contruída sobre percepções."
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